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As escolhas parecem invulgares?
Paciencia o meu gosto musical é, no minimo estranho. Oiço tudo (ou quase tudo)... e as minhas escolhas vão-no provar.
Espero eu...

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Xutos e Pontapés

Há poucos grupos em Portugal que se podem gabar de ter o percurso destes senhores:
Zé Pedro (guitarra ritmo) (1978-actualidade)
Kalú (bateria) (1978-actualidade)
Tim (baixo e voz) (1978-actualidade)
João Cabeleira (guitarra solo) (1983-actualidade)
Gui (saxofone) (1984-1990, 2004-actualidade)
e sem esquecer:
Zé Leonel (voz) (1978-1981)
Francis (guitarra) (1981-1983)
Ricardo Delgado (teclas), convidado por Leonel (1981)

Discografia

78/82 (1982)
Cerco (1985)
Circo de Feras (1987)
88 (1988)
Gritos Mudos (1990)
Dizer Não De Vez (1992)
Direito ao Deserto (1993)
Dados Viciados (1997)
Tentação (1998)
XIII (2001)
Mundo ao Contrário (2004)
Xutos & Pontapés (2009)

Senhoras e Senhores os XUTOS E PONTAPÉS:











Algumas das minhas preferidas:



CHUVA DISSOLVENTE

Entre a chuva dissolvente
No meu caminho de casa
Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta

Metro, túnel, confusão
Entre súor despertino
Mergulho na multidão
No dia a dia sem destino

Putos que crescem sem se ver
Basta pô-los em frente à televisão
Hão-de um dia se esquecer
Rasgar retratos, largar-me a mão
Hão-de um dia se esquecer
Como eu quando cresci
Será que ainda te lembras
Do que fizeram por ti?

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci

Quando te livrares do peso
Desse amor que não entendes
Vais sentir uma outra força
Como que uma falta imensa
E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci



GRITOS MUDOS

Neons vazios num excesso de consumo
Derramam cores pelas pedras do passeio
A cidade passa por nós adormecida
Esgotam-se as drogas p'ra sarar a grande ferida

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E o coração aperta-se e o estômago sobe à boca
Aquecem-nos os ouvidos com uma canção rouca
E o perigo é grande e a tensão enorme
Afinam-se os nervos até que tudo acorde

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E a noite avança, e esgotam-se as forças
Secam como o vinho que enchia as taças
E pára-se o carro num baldio qualquer
E juntam-se as bocas até morrer

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga com toda a razão



MANHÃ SUBMERSA

o frio aperta na manhã submersa
entra a neblina com o sol a nascer
contando os passos para se entreter
lá vai ele, ainda a sonhar

não sabe o nome mas conhece o cheiro
quando ela entrar no apeadeiro
talvez mais tarde quando a escola acabar
mesmo à saída, a bola a girar
ela apareça e ele consiga falar

a rapariga saiu da escola
viu rapazes a jogar à bola
passou por eles, houve um que sorriu
não ligou, e a rua subiu

só mais tarde, já ao deitar
olhou o espelho onde foi encontrar
o amor escondido e então sorriu

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